Louveirinha _ Fundamentação de Projeto de Arquitetura II

 



Segue o anexo do Drive com o banner do projeto: Banner do Louveirinha

      

    Esse trabalho foi produzido durante a disciplina de PRJ077, que diferente do currículo anterior da disciplina, agora propõe a construção de uma vila no bairro do Carlos Prates. A proposta seria de um terreno multifamiliar com unidades de até 60m². Além disso, pretendia que a  área construída total ≥ 700m² e ≤ 979m² (coeficiente de aproveitamento 1), área permeável total ≥ 30% área do terreno e de taxa de ocupação ≤ 50% da área do terreno.

    Dadas as premissas, o Louveirinha, meu primeiro projeto convencional de arquitetura, apresenta uma sequência de valores e intenções a serem mencionados. A ideia inicial transpassou referências italianas no esquema de pátios internos, e teve como prioridade o acesso de todos os moradores ao espaço externo de maneira privada, que cada um tivesse seu canto de ar puro. Depois de algumas explorações formais e testes cheguei nessa forma de edifício único longitudinal de 3 acessos, se apropriando da diferença no relevo entre as pontas para abrir espaço para uma garagem. Além disso, o terraço das habitações é comum aos moradores e busca promover a integração e o aspecto de vizinhança. Há na fachada para Teófilo Otoni uma área de manobra e acesso dos veículos e pessoas, porém também há uma parte dedicada a disposição de um food truck, promovendo a movimentação noturna, evitando que a travessa fique erma. A inspiração principal foi o Edifício Louveira do Vilanova Artigas, e posteriormente na poética biofílica de Burle Marx. Há clara a referência modernista na construção. 

E para evitar dubiedades, o nome do projeto é um ode ao Vilanova, visa demonstrar o referencial importante que ele é dentro do movimento moderno. Então assim Louveirinha, se bastaria em ter o mínimo do Edifício Louveira, minha proposta não visava superar a obra sublime de Vilanova Artigas ou coisa do tipo, bastava ser um Louveirinha que me contentaria.


Planta Primeiro Pav - unidade 50m²
   
Planta Térreo - unidade 60m²


Corte das Unidades
  

 "Em um encontro ao modernista, a habitação coletiva busca no ícone paulista de Vilanova Artigas seus proveitos e símbolos para marcar o horizonte do Carlos Prastes, assim reconhecer a história do bairro em Belo Horizonte.  As origens no moderno brasileiro não se extinguem em Artigas, tangem também o Burle Marx, quanto a sua poética biofílica, o conjunto tem a premissa de integrar as pessoas com o meio externo envolto pela natureza. A promoção do bem-estar físico e emocional pelo contato com o verde, a luz do sol e as brisas A conexão humana também é vital ao que o Louveirinha propõe como habitar. A travessa cria uma fratura no quarteirão, essa proposta cicatrizar e potencializar as ligações seja entre os próprios moradores ou com o entorno. Para isso, o conjunto torna-se uma centralidade local, propondo usos mistos, uma penumbra entre público e privado, questionando o individualismo ao provocar a coletividade sem perda da vida particular."



Corte longitudinal / Fachada


Vista Explodida

Fachada para rua principal Teófilo Otoni

Vista parcial da fachada (travessa) e terraços

Vista total de contexto urbano

Maquete Produzida para Disciplina de  TAU075 - Conforto Térmico e Ambiental